Queridos leitores do Igreja Atuante, não posso deixar de comentar o assunto que está na mídia no momento, mas que vem ocorrendo de longa data, o suicídio.
Nossos jovens estão tornando-se solitários e sem motivação, mesmo com um sorriso no rosto e em meio a uma multidão de “contatos”, de Face, de Twitter, de Whatsapp, e outras redes sociais.
Certa feita presenciei o suicídio de uma jovem de apenas 12 anos e me traumatizou ver aquela vida se acabar diante dos meus olhos. Eu morava na rua das Palmeiras, no Bairro Santa Cecília. Era um final de ano, não me recordo exatamente se era no Natal ou no Ano Novo, minha memoria falha, mas lembro que eu estava no computador, por volta de umas 20 horas eu acho, a janela do quarto onde eu estava dava para o fundo de outros prédios e no térreo havia uma grande quadra de futebol que nos separava.
Tudo estava muito tranquilo naquela noite, e embora eu estivesse no 25º andar, haviam os ruídos habituais que não costumavam me incomodar, como o barulho de crianças, por exemplo. Repentinamente um barulho me incomodou, foi como que um baque sufocado, haviam sempre barulhos bem semelhantes, mas aquele barulho eu ouvi no meu coração, imediatamente fui até a janela e olhei para baixo, estava um pouco escuro, vi algo branco na quadra de futebol, como um pano jogado. Chamei minha esposa pra perguntar se ela também ouvira algo estranho e nesse ínterim notei que algumas janelas de apartamentos vizinhos se abriam aglomeravam-se com pessoas olhando para baixo, as luzes da quadra se acenderam e então vi um corpo esguio estendido na quadra. Me senti muito mal, logo depois chegou o resgate e eu observava lá de cima as pessoas nas janelas rindo e tirando fotos com o celular e enviando nas redes sociais, o clima não era de consternação, mas de curiosidade apenas. Nada sobre aquilo sairia nos noticiários, porque é proibido se divulgar suicídios na mídia. Dizem os especialistas que isso potencializa as pessoas que tem alguma tendência a imitarem o gesto. Fiquei sabendo posteriormente que a jovem tinha apenas 12 anos de idade, e não se soube o que causou aquela atitude.
Se você dividisse a humanidade em dois tipos de pessoas, os suicidas e os não suicidas, como definiria e descreveria cada grupo destes?
Provavelmente nos dois grupos encontraríamos pessoas de diversas faixas etárias, desde crianças até idosos, encontraríamos diversas culturas e povos, diversos níveis de situação econômica, desde os miseráveis até os mais ricos, e encontraríamos também ateus e religiosos…
Sem pretender minimizar a complexidade do problema do suicídio, contudo devido a não desejar estender muito este texto deixo uma frase que ouvi de uma irmã bastante simples e que conhecia a fome e a dificuldade, tendo até mesmo morado nas ruas no seu passado difícil.
Com o seu sorriso habitual, Jerusa, com sua voz bem forte bradou à frente da igreja: “Irmãos, existem muitos tipos de problemas, mas que interessante, para todos eles basta um único tipo de remédio: Jesus!”
Muito embora a depressão, que pode até mesmo levar ao suicídio, tenha diversas causas, de fato o melhor remédio é Jesus, contudo sabemos que muitas vezes o doente não consegue se alimentar sozinho, não tem forças, desistiu, quem levará até ele o remédio? Se alguém morre de uma doença que tem cura o que pode provocar essa morte, senão a omissão do próprio doente ou ainda dos que poderiam intervir em algum momento desse processo.
Portanto, observemos as pessoas e procuremos ser sensíveis ao seu estado emocional, pois as principais vitimas do suicídio são os que ficam, confusos e com remorso de não terem se apercebido de algum detalhe ou alguma possibilidade de intervenção que tenha sido ignorada por puro egoísmo e insensibilidade.
É muito difícil obter-se material de estudo sobre suicídio, mas em nosso acervo digital temos algum material disponível. Clique aqui e veja a lista